Quando me iniciei neste mundo dos blogues não fazia ideia no que me estava a meter. A sério. Sei que a internet tem uma dimensão para lá do razoável, mas lidando com esta situação diariamente, espreitando a vida das outras pessoas e deixando que espreitassem a minha, foi muito mas muito violento.
Porque não sou uma pessoa que se dá muito facilmente. Amigos daqueles verdadeiros tenho poucos, para não dizer nenhuns. Confio verdadeiramente na minha família e tenho o meu marido para desabafar. Coisas minhas são isso mesmo: minhas. Porque há coisas que não devem ser ditas, apenas pensadas.
Mas por aqui, por este mundo blogueiro há quem consiga abrir-se. E eu admiro estas pessoas. Mas torna-se estranho quando eu chego a casa e comento com o J. o que li, o que se passou com aquela pessoa, ou com aquela família. Pessoas essas que não conheço, que até vivem muito longe, que provavelmente nunca vou ver. Ou vou, quem sabe? Pessoas que já me dizem muito, de quem gosto, que fico triste quando decidem colocar um ponto final. Porque já faziam parte da minha vida, porque vou ter pena de não saber como correm as coisas com eles.
E dou comigo a pensar, eu que sou tão fechada, tão com os meus botões, afinal tenho muitos amigos, que se preocupam comigo e com os quais eu também me preocupo. E a amizade é mesmo assim. Sentir saudade de saber de ti.
3 comentários:
olá. eu li que tens outro blog, eu conheço-o?
em relação a este post, para mim é mais fácil desabafar na blogosfera, onde ninguém me conhece e ninguém me vai apontar na rua, do que com pessoas que me conhecem mesmo e com quem corro o risco de mal eu vire costas desatar a contar os meus desabafos e até a "interpreta-los" à sua própria maneira.
Aqui ninguém nos aponta o dedo e torna-se muito mais fácil ter amizades. Dou-me muito mais aqui...
Mas sabes que mesmo assim eu tenho medo que descubram
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